O Silêncio do Pescador

H1: Não jogo para vencer. Jogo para lembrar.

Eu pensava que pescar era escapar — não do barulho, mas do silêncio. A tela pisca com alertas: ‘Nova mordida!’ ‘Rodada bônus!’ ‘Tempo limitado!’ Mas no meu apartamento, sob a luz de Brooklyn à meia-noite, ouço algo mais quieto. Minha mãe, criada no evangelho e ritmos espirituais de Harlem, ensinou-me que a sorte não é aleatória. Meu pai, treinado em dados e sistemas no MIT, sussurrou: o controle não está no RNG — está na pausa entre as iscas.

H2: O oceano não se importa se você pescar rápido.

Eles vendem-lhe uma ‘chave de pesca’ como um feitiço digital — desbloqueie com cliques e moedas. Mas vitória real? Vem quando você define seu orçamento antes do amanhecer. Quando parar de perseguir o grande peixe… e apenas observar a ondulação na água escura. É nesse momento que ouve-se: não o splashing da vitória — mas o fôlego da espera.

H3: Isto não é um carnaval. É um convênio.

Juntei-me a nenhum fórum por glória. Escrevi nenhuma história por likes. Mas no último inverno, sob luzes corais e redes flutuantes, lancei uma linha com intenção — não porque precisava vencer… mas porque precisava lembrar quem me ensinou silêncio. A insígnia ‘Guardião do Oceano’? Não ganha por pontos — ganha por presença.

O algoritmo não sabe por que paramos.

Só conta o que se move mais rápido. Mas a água lembra o silêncio. E às vezes… espera por você.