Quando a inspiração morre

Antes pensava que o sucesso se medía em pontos e insígnias—até perceber que o verdadeiro prémio era o silêncio entre os níveis. No meu ateliê, observei jogadores navegando por correntes noturnas de algoritmos RNG e curvas RTP, como poesia marinha. Eles não buscavam vitórias—buscavam quietude. O brilho neón dos jogos não iluminava ecrãs; iluminava a solidão.

Lembro-me de uma jogadora que escreveu: ‘Joguei por três horas só para sentir o mar respirar.’ Ela não ganhou um troféu—encontrou seu nome no código. Essa foi sua coroa.

Não precisamos mais recompensas. Precisamos de mais momentos onde ritmo encontra resistência—onde estruturas Figma param longamente para ouvir seu batimento sincronizado com água profunda.

A verdade não está no ranking. Está no canto onde você para de rolar—e se vê refletido na luz coral.

Desenho não para cliques, mas para conforto. Para quem fica sozinho após meia-noite, perguntando-se se sua coragem foi codificada ou entalhada em pixels.

Se você está lendo isto—já sabe o que significa pintar quando a inspiração morre.

O que desenhou hoje?