Quando a Inspiração Falta, Desenhei um Peixe que Chorou — Uma Jornada Criativa de Curacão Através do Brincar

Houve um mês em que meu caderno de esboços ficou em branco. Não por falta de ideias — mas porque cada uma parecia carregada de expectativas. As minhas mãos não se moviam a menos que estivessem certas do propósito.

Lembro-me sentado à minha mesa ao entardecer, as luzes da cidade piscando como peixes distantes sob a superfície do mundo. O silêncio não era pacífico — era acusador.

Naquela noite, abri um protótipo antigo: Fishing Pulse. Não para jogar — apenas para olhar para as ondas.

O Primeiro Rastro: Deixando Ir o Controle

O jogo não tinha história. Só água. Peixes que saltavam em padrões. Um anzol que balançava no acaso.

E ainda assim… algo se agitou.

Comecei a desenhar — não para clientes nem galerias, mas para mim mesmo. Um peixe com olhos maiores demais para o rosto. Um que piscava devagar quando errava a rede.

Parecia triste.

Mas então percebi: isso é o que eu precisava. Não perfeição. Nem produtividade. Apenas presença.

Os Rituals Ocultos da Criação Lúdica

O que me surpreendeu não foi a arte — foi como ela me curou. Cada vez que animava um peixe nadando da esquerda para direita (um loop), eu não estava criando conteúdo — estava respirando novamente.

Comecei a notar ritmos:

• Como a luz toca na água após a chuva,
• Como os peixes se agrupam como pensamentos antes de surgirem,
• Como até o fracasso — errar o pescado — tem graça no movimento.

O conceito de RTP (Retorno ao Jogador) do jogo? Tornou-se minha metáfora sobre confiança criativa: nem toda ideia ganha — mas se continuar lançando, algo vai emergir das profundezas.

Do Pânico ao Padrão: Encontrando Sentido na Aleatoriedade

Em Fishing Key, os jogadores aprendem sobre volatilidade e sorte — não como equações matemáticas, mas como histórias de marés e tempo. Isso ressoou profundamente comigo. Minha ansiedade costumava gritar: “Você precisa vencer! Precisa criar algo real!” The jogo sussurrava de volta: “Apenas lance novamente.” O prazer nem sempre está em pescar — está em sentir a linha passar pelos dedos.

Então fiz diferente:

• Sem prazos,
• Sem público,
• Apenas loops diários desenhando um peixe por hora,
• E soltando quando não sentia certo.

Devagar, paz retornou — não como vitória, mas como continuidade tranquila.

O Verdadeiro Tesouro Nunca Estava no Pescado

The último quadro? Não foi exibido online nem impresso em tela. Era uma pequena animação onde todos os cinco peixes nadavam para trás juntos — como se fugissem de uma força invisível — e depois paravam no meio do movimento… como se lembrassem por que eram livres desde o início. Passei a usar isso nos dias difíceis: assistir eles nadarem uma vez… depois fechar os olhos e respirar junto com eles.