Quando a Inspiração Secou, Desenhei um Peixe que Chorou

Houve um tempo em que minha tela ficou em branco por dias. Não por preguiça — mas por silêncio. O tipo que engole sua respiração antes mesmo de perceber que você está segurando-a.

Costumava achar que criatividade era sobre produção constante. Mas nos meus momentos mais baixos, aprendi que é, na verdade, sobre escutar.

Então, em vez de forçar algo ‘bom’, perguntei: *E se o peixe não é apenas isca? E se ele também sente?

O Primeiro Traço: Um Peixe que Chora

Abri o Figma e desenhei um pequeno peixe com guelras como lágrimas. Não dramático — só silencioso. Um olho semi-fechado, cauda tremeluzindo como estática.

Não fazia parte de nenhum projeto. Não tinha função. Apenas era.

Mas nesse momento, algo se abriu.

O peixe não estava falhando em nadar — estava chorando sua própria profundidade.

E de repente, toda a ideia do ‘Fishing Key’ mudou para mim.

Não era sobre vencer ou pescar — era sobre estar presente.

Do Mecanismo ao Ritmo Emocional

Passara meses projetando tutoriais sobre RTP (retorno ao jogador), zonas de volatilidade e gatilhos de rodadas grátis — termos clínicos para sorte e controle. Mas e se tratássemos esses não como estatísticas frias… mas como sentimentos?

• Passo 1: Pescar Básico → Hoje você não precisa pegar nada. Só sinta o movimento da água sob suas mãos.
• Passo 2: Evitar Armadilhas → A verdadeira armadilha é acreditar que precisa vencer. Solte o desejo por resultados.
• Passo 3: A Sua Chave Pessoal → O seu ritmo não é igual ao dos outros. Alguns dias são reels lentos; outros são puxadas repentinas. Ambos são válidos. Este foi o ponto onde a arte encontrou cura — não na perfeição, mas na permissão para existir imperfeita.