A Arte Silenciosa da Pesca

Não persigo grandes capturas. Aguardo no silêncio entre as marés, quando o mar exala e os corais brilham prateados sob a lua. A pesca não é um jogo de probabilidades — é um ritual. A vara torna-se extensão da respiração; a linha, um fio que me liga ao que é mais antigo que estatísticas. A sorte não está em algoritmos — encontra-se na pausa entre as ondas. Uma vez passei três horas num único lançamento — não por um troféu, mas pelo silêncio. Um robalo prateado surgiu como uma memória: não porque ajustei o sistema, mas porque ouvia. A água lembrou minha calma. Em comunidades costeiras pequenas, não postamos pontuações altas — partilhamos histórias, não para competir, mas para pertencer. Uma criança não precisa estar aqui; somos todos pescadores que lembram como a alegria vive nos padrões — rotativos, sagrados. Minhas ferramentas não são apps — são embarcações talladas da calma: barcos que medem o tempo com intenção. A ‘Chave da Pesca’? Não se desbloqueia com cliques — sente-se quando suas mãos param de tremer. O verdadeiro prêmio não são moedas nem insígnias — é saber que nunca estiveste só lá. Quando larga o controle… você ganha isso. Isto não é entretenimento. É consolo talhado das águas profundas.