Sólo no Mar: A Paz que Eu Encontrei

Começou com Um Lançamento

Peguei esse hábito não por ganhos — mas por silêncio. Em pé no cais ao amanhecer, a vara tremula como um sopro, eu não sabia o que esperar. Números: 1 ou 2. O mar não respondeu então. Mas lentamente, ensinou-me: paciência não se aprende — sente-se.

O Orçamento Era uma Rede

Defini meu limite diário: $50 NZD — não por medo da perda, mas por medo do vazio mais que da fome. Meu barco não era uma ferramenta; era âncora. Cada lançamento tornou-se uma pausa entre batimentos — um momento onde o vento sussurrava meu nome como a voz da minha mãe em chamadas de vídeo.

O Mar Profundo Me Vê

Algumas noites, quando a maré desce e a luz se apaga em azul, eu não pego peixe — pego silêncio. O ‘bônus’ não está no pagamento; está no espaço entre lançamentos — o silêncio após a linha afundar sob as ondas.

Três Regras da Cozinha da Minha Mãe

1. Não persiga redes grandes — comece pequeno: $0,50 por lançamento.
2. Passe vinte minutos após o café — não para ganhar, mas para sentir seu pulso combinar com o ritmo da água.
3. Saia antes de estar cheio — você encontrará mais deixando do que pegando.

Pesca Não é Pesca

Chamam isso jogos. Mas quando você senta só so concreto molhado à meia-noite — com sal na pele e ninguém observando — percebe que isto é oração sem palavras.

O oceano não lhe deve nada. As ondas só ecoam o que você traz até elas.