Pescar à Meia-Noite

Eu costumava pensar que pescar era só uma fuga. Mas percebi: não era o peixe que capturava—era o silêncio entre os lançamentos. No meu apartamento em Brooklyn, depois da meia-noite, quando a cidade dormia e as luzes se apagavam, eu sentava-me à janela com a vara na mão—not porque queria vencer, mas porque precisava sentir algo real. O jogo não se importava se eu pegasse algo. Só perguntava se eu aparecia. Não há algoritmo para sorte aqui. Nenhuma RNG garante alegria. Só o ritmo das ondas contra o vidro—a pulsação lenta sob a pele—and como combina sua respiração quando ninguém mais observa.